O Natal de Hercule Poirot de Agatha Christie

A história começa quando Simeon Lee, um patriarca rico, cruel e autoritário, reúne filhos e parentes para passar o Natal em Gorston Hall, e o que poderia ser de um Natal familiar se transforma em um assassinato. Hercule Poirot é mais uma vez peça chave nesta investigação.

Tenho que confessar que este livro é de certa forma encantador, a leitura flui muito facilmente (devido a diagramação das páginas e o ritmo) em dois dias terminei a leitura, fiquei submersa pela forma que Agatha conduz a narrativa e guarda seu mistério até as últimas páginas, todos os suspeitos são suspeitos e os que não são ficam ali rodeando a história.

Os primeiros personagens apresentados não são agradáveis tanto pelo contexto sombrio que se instala como pela personalidade de cada um, ao decorrer da leitura pude simpatizar-me com alguns. Não é o caso de Poirot que é sempre uma figura emblemática e que não está acima de todos, ele joga pista e pesca detalhes e geralmente fala com propriedade, mas extremamente enigmático, Poirot usa a inteligência emocional analisa cada personagem.

Aqui as tradições são movidas pelo ódio, ganância e crueldade. Tem uma frase dita no livro, sobre a percepção do mal e do como a família nem sempre é sinônimo de afeto. Senti que em alguns momentos teve uma forçada de barra na revelação de como ocorreu os fatos do assassinato, nada que atrapalhasse muito, mas achei um pouco confuso e deus ex machina, mas que por fim surpreende.