Para
um livro que promete mistério numa biblioteca, convenhamos o cenário que, por si só, já
poderia render algo intrigante, Um corpo na Biblioteca acaba entregando bem menos
do que se espera. A presença de Miss Marple, que deveria ser o grande
diferencial, é quase decorativa e magica: ela aparece pouco, interfere pouco e,
quando finalmente dá suas opiniões, é tudo muito raso. Para quem procura aquele
charme investigativo e a sagacidade típica desse gênero, vai sentir falta.
A
leitura não é de um todo ruim, a diagramação é boa, o tamanho da fonte também,
mas a trama em si se estende mais do que o necessário, (e é um livro curtinho)
com diálogos que não empolgam e personagens que parecem entrar e sair sem
causar grande comoção (não consegui gostar de nenhum) a vítima é tratada como uma
pessoa boba e “provocadora” do que lhe aconteceu (claro que levo em
consideração à época de criação e mesmo assim me incomodou um pouco).
A
investigação segue lenta, sem grandes reviravoltas, como se o livro inteiro
estivesse preso numa névoa de “tanto faz!”. O leitor espera aquele momento
“uau” que costuma surgir nos mistérios de Christie, mas ele nunca chega.
O
desfecho, então, chega sem força. A revelação do culpado não surpreende tanto,
não choca e, pode até soar anticlimática. Falta tensão, falta impacto, falta
aquele fechamento digno. Em vez disso, a sensação final é: “Ah, tá né?”
No
geral, Um corpo na Biblioteca acaba sendo um dos títulos mais mornos da autora. Não
tinha lido nenhum caso da Miss Marple, mas a sensação é de que a história deixa a impressão de tédio.

Fonte das imagens: autoral
Espero que gostem!

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Oii, agradeço a visitinha! espero que tenha gostado, sua opinião é muito importante!
Bjus!